Sunday, August 21, 2005

PELVE ÓSSEA

Generalidades
É a parte do tronco situado atrás e abaixo do abdome. A cavidade pélvica é um espaço afunilado no interior da pelve.
Conteúdo:
1. Parte do canal alimentar
2. Bexiga
3. Partes do ureter
4. Partes do sistema genital
É ponto de passagem do feto durante o parto A cavidade pélvica divide-se em duas partes
a. Cavidade pélvica verdadeira- Abaixo da linha arqueada (terminal)
b. Cavidade pélvica falsa. Entre as fossa ilíacas acima da linha arqueada.

Esqueleto
1. Dois ossos do quadril (anterior e lateralmente)
2. Sacro e Cóccix (posteriormente)

Posição anatômica
1. Espinhas ilíacas antero -superiores no mesmo plano frontal com os tubérculos púbicos.
2. Ponta do Cóccix e a borda superior da sínfise púbica estão no mesmo plano horizontal.
3. Face interna do corpo da púbis está voltada mais superiormente que posteriormente.
4. Superfície pélvica do sacro volta-se mais inferiormente que posteriormente.

Aberturas e cavidades
1. Abertura superior da pelve- No plano das linhas terminais . Plano de cima para baixo a partir do promontório sacral. Faz ângulo de 48 graus com a horizontal. Apresenta os seguintes diametros:
a. Diâmetro Antero posterior ou conjugado-Vai da borda superior da sínfise da púbis a parte média do promontório sacro. Tem 11 cm.

b. Diâmetro Conjugado Obstétrico- Vai da face interna da sínfise da púbis ao promontório sacro( distância mínima). Tem 10,5 cm.

c. Diâmetro conjugado diagonal ( per vaginum)- Vai da borda mais inferior da sínfise da púbis e o promontório sacro. Quando o promontório e palpado em um toque vaginal significa que a pelves é estreita. Através dele se determina o diâmetro conjugado verdadeiro. Tem 12 cm. e interesse semiológico.

d. Diâmetro transverso- Passa pela parte mais larga da abertura superior da pelve.
O maior tem 13,5 cm.

e. Diâmetro oblíquo- Vai da juntura sacro ilíaca de um lado a eminência íleo púbica do outro. Tem em média 11 cm.


2- Cavidade Pélvica
Vai da abertura superior da pelve até a abertura inferior da pelve.
a. Diâmetro Antero posterior ou conjugado- Parte média da face dorsal da púbis até parte média da superfície pélvica do sacro.

b. Diâmetro transverso - Através da parte mais larga da cavidade.

c. Diâmetro oblíquo - Extremidade mais inferior da juntura sacro ilíaca ao centro da membrana obturatória do outro lado.

3. Abertura inferior da pelve
Tem forma de losango e é fechada atrás pelo ligamento sacro tuberal.
O plano desta abertura faz ângulo de 10 graus com o plano horizontal.
a. Diâmetro Antero posterior ou conjugado- Da borda inferior da sínfise púbica a ponta do cóccix.

b. Diâmetro transverso - Entre tuberes esquiádicos

c. Diâmetro oblíquo- Junção dos ramos isquiadicos e púbicos de um lado ao ponto de cruzamento dos ligamento sacroespionhais e sacrotuberais do outro lado.
Arco da púbis
É a reunião dos ramos púbicos e isquiadicos dos dois lados. Formam o ângulo sub-púbico . Na mulher tem 90 graus e no homem 60 graus.
Classificação da Pelve:
De Acordo com a abertura superior da pelve
1. Antropóide- Semelhante a um oval longo e estreito
2. Ginecóide- Arredondada
3. Platipelóide- Abertura oval com eixo transverso.
4. Andróide- Abertura superior em forma de coração.
Eixos do canal de parto
Direção inferior e posterior, fazendo ângulo reto com a abertura superior da pelve até um plano que passe pelas espinhas esquiádicas. A partir daí volta-se quase em ângulo reto em direção anterior e inferior
Pelvimetria radiográfica
Há quatro medidas importantes:
1. O diâmetro transverso da abertura superior da pelve deve ter 13,5 cm.
2. O diâmetro conjugado obstétrico quando abaixo de 10 cm significa desproporção feto-pélvica
3. Distância entre a s espinhas isquiádicas quando menor que 8,5 cm. pode oferecer obstáculos a passagem do feto pelo canal do parto e
4. Distâncias entre os túberes esquiádicos quando menor que 8 cm. também pode ser um obstáculos a progressão do feto pelo canal do parto

Estudos Complementares
Estudo do Feto, da Pelve e Mecanismo do Parto

I. O Feto
1. Posição do feto
Para determinar a posição do feto no memento do parto, leva-se em consideração sempre o dorso do feto em relação ao lado esquerdo ou direito da mãe. Dizemos então que o feto está na posição occípito-ilíaca direita ou esquerda, anterior ou posterior.
Chamamos de variedade de posição a variedade na relação entre os pontos de referência maternos e os pontos referência fetais. As principais referências são os ossos occipital ou sacral do feto e ilíaco da mãe, as fontanelas, a raiz do nariz (glabela), o mento e o acrômio fetais.

2. Situação
A situação é a relação entre o eixo do feto e o eixo da mãe. Quando se diz que o feto está em situação longitudinal, significa que o maior eixo do feto está em relação com o maior eixo da mãe; assim como na transversa, esses eixos não coincidem.

3. Apresentação
A apresentação é parte do feto que se apresenta à área do estreito superior da pelve, ocupando toda a sua extensão, com a capacidade de insinuação e que no trabalho de parto tem mecanismo definido. Só existem 3 tipos de apresentação: cefálica, pélvica e córmica (quando o grande eixo fetal não coincide com a direção da coluna vertebral materna, cruzando-a em ângulo reto).

II. A Bacia
Ao estudar a bacia, deve-se destacar alguns pontos importantes. Em primeiro lugar a anatomia, estudando-se os estreitos, as dimensões, os diâmetros, a forma, os planos e os eixos da região. Em seguida, como deve ser feito o exame da bacia, através da pelvimetria, pelvigrafia, radiografia (raramente utilizado), ultra-sonografia e ressonância magnética.
A bacia compõe um tipo de trajeto, dividido em partes dura e mole, compostas respectivamente pelos ossos do quadril, e músculos e aponeuroses. A bacia obstétrica, trajeto duro, é dividida em estreitos superior, médio e inferior.
O estreito superior da pelve é delimitado anteriormente pelo bordo superior do púbis e seus ramos horizontais, latero-posteriormente pela linha inominada (na nômina anatômica atual, linha arqueada), articulação sacro-ilíaca e asa do sacro, e posteriormente pelo promontório. Os pontos de referência maternos nessa região são o púbis, a eminência ílieo-pectínea, o diâmetro transverso, a articulação sacro-ilíaca (sinostose) e o promontório.
O estreito inferior é limitado pelo bordo inferior do púbis, o ramo ísquio-pubiano, a parte mais interna do ísquio, o bordo interno do grande ligamento sacro-ciático (na nômina atual, ligamento sacrotuberal) e a ponta do cóccix (considerando inclusive a retro-pulsão). Pode-se ainda, a partir de uma linha que une os dois ísquios, dividir esse estreito em duas partes, uma anterior triangular que vai compor o ângulo sub-púbico, e outra posterior.
O estreito médio é aquele que se encontra entre o superior e o inferior, passando pelas espinhas ciáticas (na nômina atual, espinhas isquiáticas).

Ø Diâmetros da pelve
Os diâmetros ântero-posteriores da pelve, em obstetrícia, são denominados cojugatas. Os principais diâmetros da pelve são:
a. Conjugata anatômica ou obstétrica – vai do promontório até o bordo superior do púbis, e mede 11cm;
b. Conjugata vera – vai do cúmen retro-pubiano ao promontório, e mede 10,5cm;
c. Conjugata diagonalis – vai do bordo inferior do púbis ao promontório, e mede 12cm. É utilizada apenas do ponto de vista semiológico;
d. Diâmetro entre as espinhas ciáticas – no estreito médio, mede 10,5cm;
e. Diâmetros do estreito inferior – do bordo inferior do púbis ao cóccix e mede 9,5cm; e do bordo inferior o púbis ao sacro e mede 11cm;
f. Diâmetros oblíquos do estreito superior – da eminência íleo-pectínea de um lado à articulação sacro-ilíaca do outro, medem em média 11cm, com ligeira prevalência do esquerdo sobre o direito, justificando, segundo alguns autores a freqüência da insinuação esquerda;
g. Diâmetro transverso médio – aquele que está a igual distância do púbis e do promontório, e mede de 12 a 13cm;
h. Diâmetro transverso máximo – une a parte mais posterior da linha inominada ao lado oposto, e mede 13,5cm; podendo ser dividido em sagitais posterior e anterior;
i. Diâmetro biisquiático – une os dois ísquios e mede 11cm.

Ø Dimensões da pelve
Ao analisar as dimensões da bacia, notamos que do ponto que vai do estreito superior até próximo à espinha ciática, todos os diâmetros estão em torno de 12cm. A importância disso fica clara em casos de insinuação transversa do feto, pois mesmo nessa posição, este não encontrará nenhum obstáculo que impeça seu trajeto até alcançar as espinhas ciáticas, onde se encontram os menores diâmetros.

Ø Formas
Morfologicamente, a bacia pode ser classificada em ginecóide (50%), antropóide (25%), andróide (20%) e pratipelóide (5%), podendo ainda ter diferentes classificações intermediárias. Essa classificação é feita baseada no diâmetro transverso máximo, de acordo com a relação existente entre os diâmetros sagitais posterior e anterior.
Em relação ao estreito superior, a bacia ginecóide apresenta-se ovalada; a antropóide, elíptica e alongada no sentido ântero-posterior; a andróide (masculina), levemente triangular; e a pratipelóide, ovalada com predomínio dos diâmetros transversos. Ao analisar o diâmetro transverso máximo, nota-se que na ginecóide, este se apresenta eqüidistante do promontório e do púbis; na antropóide, está mais próximo do púbis; na andróide, bem próximo ao sacro; e na pratipelóide, aumentado, mas eqüidistante do sacro e do púbis. Na relação entre a chanfradura ciática e o sacro, a ginecóide mostra-se ampla e pouco profunda; na antropóide, é ainda mais ampla e pouco profunda; a andróide é estreitada e profunda; e a pratipelóide, ampla e pouco profunda. No estudo das paredes da bacia, existe a ilusão de que estas são retas e paralelas, porém, na realidade elas apresentam uma discreta convergência na bacia ginecóide; na antropóide elas são paralelas; na andróide são convergentes; e nas pratipelóide são divergentes. O sacro, que deve apresentar uma concavidade, devido à convexidade do feto, na ginecóide, apresenta-se largo, côncavo e com inclinação média; na antropóide é estreito e longo; na andróide é estreito, longo e inclinado para diante; e na pratipelóide é largo, curto e côncavo.
De grande importância no estreito inferior é o estudo do ângulo sub-púbico. Na pelve ginecóide, ele apresenta aproximadamente 90º, enquanto a antropóide é levemente mais estreitada e na andróide é bastante estreitada. Ao encontrar o ângulo de 90º na ginecóide, a cabeça do feto tem um apoio perfeito abaixo do púbis para fazer a deflexão, diferente das demais. Portanto, o prognóstico da bacia ginecóide é sem dúvida o melhor de todos.

OBS: EUTÓCIA: do grego “eu” – bom e “tocos”- parto. O parto eutócico é aquele em que há perfeita harmonia entre os três elementos do parto – boa contratilidade, feto de tamanho adequado em apresentação cefálica e cabeça bem fletida, e bacia ginecóide. Quando falta alguma dessas condições, diz-se que o parto é DISTÓCICO.

Ø Planos da pelve
Pode-se delimitar a partir dos estreitos da bacia, diversos planos, que recebem o mesmo nome do principal estreito que lhe deu origem. Portanto, os principais planos da bacia são os planos do estreito superior, do estreito médio e do estreito inferior. Dizemos que cabeça do feto está insinuada quando a maior circunferência ultrapassa o plano do estreito superior da pelve. Tal conhecimento é extremamente importante no uso do fórceps, pois atualmente, nunca se utiliza o fórceps antes do feto ultrapassar o plano do estreito inferior da pelve.
Classicamente, a bacia é dividida em 4 planos, que são os planos de Hodge. O 1º plano ou plano do estreito superior, que vai do promontório ao bordo superior do púbis; o 2º plano, do bordo inferior do púbis à metade da 2ª vértebra sacra; o 3º plano, o plano das espinhas ciáticas; e o 4º plano, que começa na ponta do sacro e segue o plano do períneo. São importantes clinicamente na análise da altura do plano do biparietal do feto.
Ao considerar a sutura sagital, quando esta se encontra a igual distância entre o púbis e o sacro, ou seja, com a mesma inclinação, pode-se dizer que ela é sinclítica (do grego “clíseo” – inclinação e “sim”- igual). Porém, admitindo-se que o feto encontre qualquer dificuldade na sua passagem pela bacia, ocorre uma alteração de sua inclinação até que seja ultrapassado o obstáculo. Nesse caso, diz-se que houve assinclitismo. Portanto, o assinclitismo é um importante fenômeno redutor que deve ser relatado durante o parto.

Ø Pelvimetria
A pelvimetria é a medida dos diâmetros da pelve. Porém, a avaliação radiológica não pode ser aplicada durante a gravidez. Então, existem alguns métodos para essa avaliação. A tentativa da medida da conjugata diagonalis é feita tentando-se tocar o promontório, mantendo-se a mão encostada no bordo inferior do púbis. Ao atingir o promontório, retira-se a mão e mede-se a distância marcada, que deve ter cerca de 12cm. Então, retirando-se 1,5cm, tem-se também a medida da conjugata vera da paciente. Contudo, nem sempre o promontório é atingido. Nesse caso, pode-se considerar que a paciente tem 12cm ou mais, que é o mais importante.
No estreito inferior, faz-se o moldeamento de Selreim, que é a medida do ângulo sub-púbico, palpando-se os ramos ísquio-pubianos de ambos os lados.

Ø Pelvigrafia
A pelvigrafia é o método semiológico usado para avaliar, através da palpação, os diversos acidentes que possam ser encontrados no trajeto que será percorrido pelo feto. Ao introduzir os dedos, faz-se em primeiro lugar uma análise da parte posterior do púbis e da área do estreito superior. Normalmente, na metade do ramo pubiano, perde-se o contato da mão do examinador com a bacia. Depois, ao descer pelo sacro, examina-se a espinha ciática e a ponta do cóccix, vendo se ocorre ou não a sua retro-pulsão.

IV. Mecanismo do Parto
Classicamente, pode ser dividido em:
- Insinuação ou flexão;
- Descida ou rotação;
- Desprendimento ou deflexão.

Para o feto se insinuar, ou seja, sua maior circunferência ultrapassar a área do estreito superior da pelve, é necessário que este realize um movimento secundário. Esse movimento é a flexão da cabeça (apoiado no bordo inferior do púbis), de modo a diminuir o diâmetro frontal e facilitar a descida, transformando o diâmetro occipito-frontal, que tem 12cm, em sub-occipito-bregmático, que tem 9,5cm, colocando uma menor circunferência em relação ao estreito superior.

Dentro do útero, o feto apresenta uma forma ovóide. Porém, durante o trabalho de parto, este realiza um cilindrificação, retificando a coluna e aproximando os braços e pernas ao corpo Após a insinuação, o feto inicia a descida, que é feita através de uma rotação. Segundo Selreim, quando se tem um cilindro, dotado de flexibilidades desiguais e capaz de rodar sobre o seu eixo, se impulsionado por alguma força que o leve a sofrer algum encurvamento, sua tendência será rodar de modo a colocar o seu facílimum de flexão na direção do dito encurvamento. Então, a rotação ocorre com o objetivo de colocar o facílimum de flexão lateral em relação ao sub-púbis. Isso é fundamental, pois ao chegar ao desprendimento, o movimento secundário é a deflexão, e o feto precisa atingir o sub-púbis para poder defletir.

MUSCULOS DO ABDOME
A parede abdominal é compreendida como constituída por uma parte anterior e lateral, portanto anterolateral e outra parte posterior.
A parte lateral é mais muscular que a anterior, que se apresenta em quase sua totalidade aponeurótica.
São revestidos por fascias
· Fascia Subcutânea
o Camada superficial- É o panículo adiposo(Fascia de Camper)
o Camada profunda- Lâmina membranosa ( Fascia de Scarpa)
· Fascia Profunda – fascia inominada
Mais superficialmente, entre o músculo e a pele encontramos uma camada subcutanea de tecido adiposo, que pode ser abundante, e mais profundamente encontramos também uma camada de tecido adiposo entre a fascia transversal e o peritôneo. Tem uma fascia superficial que reveste o músculo oblíquo externo e se continua com a fascia a fascia espermática externa no ligamento inguinal.
A- Antero laterais

a. Músculo Oblíquo Externo do Abdome



1. Maior e mais superficial dos músculos do abdome.
2. É lateroventral
3. Parte lateral é muscular
4. Parte ventral é aponeurose
5. Tem origem nas oito costelas inferiores
6. Fascículos dirigem-se para baixo e ventralmente acabando na aponeurose que fixa anteriormente o músculo na linha alva.
7. Ação – Comprime o conteúdo abdominal auxiliando na defecação, micção, vomito parto e expiração forçada.
8. Aponeurose do oblíquo externo-
a. Recobre a parte ventral do abdome.
b. Suas fibras recobrem o reto abdominal
c. Se entrelaçam na linha mediana formando a linha alva, que vai do apêndice xifóide a sínfise púbica.
d. A porção mais cranial da origem as fibras do peitoral maior
e. A porção mais caudal termina no ligamento inguinal.
f. Apresenta um orifício próximo a pube denominado anel inguinal superficial
g. Feixes que limitam o anel são chamados de pilares.
h. Por este anal passa o funículo espermático ou o ligamento redondo. .

b. Obliquo interno do abdome

1. É subjacente ao oblíquo externo sendo um músculo menor que este.
2. Tem origem na fascia toraco lombar e fibras da linha intermédia da crista ilíaca e fascia ilíaca e inserção nas cartilagens das três últimas costelas. As fibras que se originam crista ilíaca interimediária dirigem-se a linha alva, e na união com as fibras do transverso formam o tendão conjunto que se insere na pube.
3. As fibras mais baixas formam o músculo cremaster.

4. Ação- As mesmas do oblíquo interno.



c. Transverso do abdome-




1. É o mais interno
2. Tem origem em uma faixa que vai desde as seis últimas costelas até o terço lateral do ligamento inguinal .
3. Terminam em aponeurose que contribuem para a bainha do reto.
4. Sua fascia mais interna é chamada fascia transversalis.
d. Reto do abdome


1. Vem desde a face anterior da 5a.-7a. cartilagens costal e apêndice xifóide até a a crista e sínfise púbica inferiormente.
2. Constitui-se de dois feixes musculares longitudinais separados no meio pela linha alva.
3. São cruzados por faixas fibrosas chamadas intersecções tendíneas.
4. Ação – Flexão da coluna vertebral, torna tensa a parede abdominal e auxilia na compressão do conteúdo abdominal.
e. Piramidal
1. Músculo pequeno, sem função que vai da sínfise pubiana a linha alva
f. Linha alva e bainha do reto
1. Na parte superior do abdome a aponeurose do músculo oblíquo externo passa anteriormente ao reto do abdome até a linha alva. O aponeurose do transverso passa posteriormente ao músculo reto em direção a linha alva. A aponeurose do obliquo interno divide-se em duas, passando uma por traz ( que se funde com a aponeurose do transverso) outra pela frente do músculo reto( que se funde com a aponeurose do músculo oblíquo externo).
2. Na parte inferior do abdome as aponeuroses dos três músculos passam a frente do músculo reto.
3. O ponto em que todas as aponeuroses passam a ser anteriores ao reto do abdome é a linha arqueada.
4. Abaixo da linha arqueada apenas a fascia transversal passa atrás do músculo reto. Esta sobre o tecido pré peritoneal.
5. A linha alva é formada pela fusão das aponeuroses, no plano mediano.
g. Canal inguinal


1. Passagem oblíqua de 3 a 5 cm de dentro da cavidade abdominal para fora, contendo o funículo espermático no homem e o ligamento redondo na mulher, e também o nervo íleo inguinal.
2. Há um orifício em forma de fenda na fascia transversal, um pouco acima do ponto médio do ligamento inguinal. Chama-se anulo inguinal profundo.
3. Um canal percorre a parede abdominal inferior e medialmente. Emerge na aponeurose do m. oblíquo externo em outro orifício chamado anulo inguinal superficial.
h. Ligamento inguinal
1. É um espessamento na aponeurose do músculo oblíquo externo no ponto onde ele se estende da espinha ilíaca antero superior até o tubérculo da pube.

B- Posteriores
Formam a parede abdominal posterior que é composta, alem dos músculos abaixo pelos corpos e discos das vértebras lombares. Esta parede está totalmente revestida pelo peritôneo parietal e recebe o contacto dos órgãos vasos e nervos que são retroperitoniais.

a. Íleo psoas
i. parte lateral- ilíaco
ii. parte medial- psoas maior
b. Psoas menor
c. Quadrado lombar




PERITONEU

É uma serosa que recobre internamente toda a cavidade abdominal, inicialmente aderida a face interna da parede anterior do abdome e posteriormente se refletindo em direção as vísceras da cavidade para revesti-las intimamente. É portanto um dupla membrana, que delimita entre seus folhetos uma cavidade chamada cavidade peritoneal, que é em condições normais, com o abdome fechado, virtual e com uma pequena quantidade de líquido para evitar o atrito. Esta cavidade se torna real, quanto pela invasão por sangue, nos hemoperitôneos, ou pela invasão por pus, nas peritonites, ou pela introdução de ar,que é o pneumoperitôneo como acontece nas perfurações de vísceras ocas, nas aberturas cirúrgicas ou em exames radiológicos quando e injeta ar na cavidade deliberadamente, com finalidades diagnósticas.
Com relação ao peritoneu as vísceras abdominais podem ser:
1. Peritonizadas- Quando totalmente revestidas por peritoneu
2. Retroperitoneais- Quando localizadas por trás do peritoneu, portanto fora da cavidade peritoneal, tais como o, os rins, a aorta, etc.
3. Intraperitoneais.- É caso do ovário, que está dentro da cavidade peritoneal, local onde na mulher se abre a tuba uterina, que através comunicação com a cavidade uterina, cavidade vaginal, põe em contacto o interior da cavidade abdominal com e exterior. Por este motivo as infecções são mais freqüentes na mulher, que no homem, onde a cavidade peritoneal e é fechada
A reflexão do peritoneu da parede abdominal posterior em direção as vísceras, determinam as seguintes estruturas anatômicas:
1. ligamentos- São estruturas anatômicas formadas por reflexões peritoneais que ligam dois órgãos entre si. São exemplos, o ligamento falciforme do fígado, o ligamento redondo do fígado , ligamento largo do útero, o ligamento umbelical mediano, o ligamento lieno-renal etc.
2. mesos- fixam o intestino delgado e o intestino grosso na parede abdominal posterior através uma dupla camada serosa, no interior da qual existe tecido adiposo envolvendo vasos sanguineos, nervos e linfáticos. Envolvem totalmente a alça intestinal. São os seguintes:
a. Do intestino delgado:
i. Mesentério
b. Do intestino grosso e outros órgãos
i. Mesocolon transverso
1. Divide a cavidade peritoneal em dois andares:
a. Andar supramesocólico
b. Andar inframesocólico
ii. Mesocolon sigmóide
iii. Mesoapêncice
iv. Mesoovário
Os mesos delimitam várias cavidades entre suas repflexões, de importância cirúrgica, visto que é para estes locais que drenam as secreções sanguineas e purulentas quando existentes: alguns destes espaços são:
1. espaço útero vesical- entre o útero e a bexiga na mulher
2. espaço retro-vesical- entre a bexiga e o reto no homem
3. espaço retro uterino- entre o útero e o reto na mulher
4. recesso sub frênico
5. recesso sub-hepático
6. sulcos paracólicos
3. omentos- São expansões livres de serosas abdominais que se projetam dentro da cavidade peritoneal, com a bem determinada propriedade de delimitar, áreas de infecções intra-abdominais, bloqueando-as para impedir disseminação.
a. Omento menor- Vem do serosa que reveste o fígado e se continua em direção ao estômago, contendo em seu interior os vasos sanguineos, nervos e linfáticos da curvatura menor do estômago, e finalmente recobre a face anterior e posterior deste último. É também denominado ligamento gastro-hepático, sendo que se reserva a denominação de ligamento gastro-duodenal para seu bordo direito, que contém a artéria hepática, a veia porte e o ducto colédoco.
b. Omento maior- Chamado vulgarmente de “véu das tripas”, começa na borda da grande curvatura do estômago e prossegue até a inserção no cólon transverso. É denominado neste percurso de ligamento gastro-cólico. A partir daí se reflete em direção a toda cavidade peritoneal, cobrindo praticamente todas as vísceras abdominais.
Além da função de proteção aos órgão internos da cavidade abdominal contra agressões, além de sua função fixadora destes órgãos á cavidade abdominal oferecendo-lhes capacidade para se mobilizar, alem do fato de envolverem em suas lâminas os linfáticos, nervos e vasos sanguineos, ele ainda pode servir para admistração de líquidos e medicamentos.









Tuesday, August 09, 2005

Aparelho Circulatório- Aula 2

A artéria torácica ao atingir o músculo diafragma, o atravessa no local denominado hiato aórtico do diafragma e passa a emitir ramos sanguineos destinados ao abdome, pelvis e membros inferiores.
Faz um trajeto compreendido entre a XII vertebra torácica e IV vértebra lombar.
Emite dois tipos de vasos arteriais:
a. Ramos parietais- Irrigam a parede abdominal.

  1. Artéria frênicas inferiores - irrigam o diafragma junto com as pericardicofrenicas e as musculofrenicas, com elas mantendo anastomose. São pares.
  2. Artérias lombares- Irrigam a musculatura para vertebral com ramos dorsais e ventrais. Também são pares emergindo uma de cada lado da face posterior da aorta.
  3. Artérias ilíacas comuns- Sáo produtos da divisão da parte terminal da aorta em duas formando as artérias iliacas comun direita e a esquerda. Cada uma delas desce lateralmente a coluna vertebral por um pequeno espaço, logo dividindo-se em artéria iliaca externa e artéria iliaca interna.
  4. Artéria sacral mediana- é a unica parietal impar, descendo em direção ao coccix, a partir da bifurcação da aorta.

A figura acima retirada da excelente Fonte: NETTER, Frank H.. Atlas de Anatomia Humana. 2ed. Porto Alegre: Artmed, 2000, da uma visao geral de todo o territorio vascularizado pela aorta abdominal. Clique na figuras duas vezes para amplia-la.

b. Ramos Viscerais

  1. Tronco Celiaco- É o primeiro grande tronco arterial que emerge anteriormente da aorta abdominal poucos centimetros abaixo do diafragma com destino a visceras abdominais. Ele é curto e logo divide-se em tres artérias que irão irrigar toda a primeira porção do aparelho digestório da cavidade abdominal , que se estende do cardia gástrico até a segunda porção do duodeno. Ela emite os seguintes ramos:

a- Artéria hepática comum ou própria- dirige-se ao fígado, terminando finalmente antes de penetrar no fígado em artéria hepática direita, que antes de penetrar no lobo direito do fígado fornece a artéria cistica, e artéria hepática esquerda para o lobo esquerdo do fígado. Em seu trajeto fornece a artéria gastrica direita que vasculariza a porção inferior da pequena curvatura e a artéria gastroduodenal que emitirá dois ramos. O primeiro chamado pancreático duodenal superior fornecerá um ramo posterior e outro anterior a cabeça do pancreas e também atingirá a segunda porção do duodeno. O segundo chamado gastroepiplóica direita irá vascularizar a porção inferior da grande curvatura gástrica e parte do epiplon.

b- Artéria gastrica esquerda- abandona o tronco celíaco e dirige-se para cima até alcançar a porção superior da pequena curvatura. Emite um ramo esofágico que irá vascularizar a porção mais inferior do esofago.

c- Artéria lienal- Dirige-se a partir do tronco celiaco para a esquerda e vai alcançar o baço no hipocondrio esquerdo. Emite artérias que se dirigem para a parte mais superior da grande curvatura chamadas gástricas curtas e outra para a parte média da grande curvatura chamada de gastroepiplóica direita.

2. Artéria mesentérica superior

Logo abaixo, em menos de um cm., emerge a artéria mesentérica superior, responsável pela vascularizaçào de toda a segunda porção do ap. digestório, que se estende da segunda porçào do duodeno até a flexura lienal do colon. São ramos dela:

a. artéria pancreática duodenal inferior- sobe em direção ao pâncreas envolvendo-o com ramos porteriores e inferiores que fazem anastomose com ramos da pancreático duodenal superior.

b.artérias jejunais- transitam no mesentério, são em pequeno número e vascularizam todo o jejuno.

c. artérias ileais- também transitam no mesentério e vascularizam as alças delgadas do íleo.

d. artéria cólica média-emite ramos que formam uma arcada vascular que se fixa no cólon transverso, até nivel de flexura lienal.

e. artéria cólica direita- emite ramos que se dirigem e formem uma arcada vascular no cólon ascendente.

f. Ileo-cólica- É praticamente o ramo terminal da mesentérica superior irrigando a parte terminal do íleo e o cecun. Emite as arterias cecais anterior e posterior além da artéria apendicular que vasculariza o apendice vermiforme.

3. Artéria mesenterica inferior.

A partir da flexura lienal do colon inicia a terceira e última porção do aparelho digestório que se estende até o anus. A vascularização deste segmento é feita pela artéria mesenterica inferior .

Também formam uma arcada vascular extensa, anastomosando-se com ramos terminais da artéria cólica média e transitando nas pregas de peritonio que se localizam no flanco abdominal esquerdo e mesocolon sigmóide.

a- artéria cólica esquerda-Vasculariza o cólon descendente.

b- artéria sigmoídea- Leva sangue arterial para todo o cólon sigmóide.

c- artéria retal superior- Dirige-se inferiormente para o reto e canal anal vascularizando estas estruturas.

4. Artérias renais direita e esquerda. Tem origem na face anterior da artéria aorta entre a artéria mesentérica superior e a artéria mesentérica inferior, muito proxima da primeira.

Emite alguns pequenos ramos, inclusive para a glândula supra-renal.

A esquerda é mais curta que a direita e antes das artérias renais penetrarem nos rins, elas de dividem várias vezes.

Localiza-se entre a veia renal e o ureter, próximo ao rim.

Existem muitas variações anatomicas, podendo a arteria renal ser emitida diretamente da artéria aorta em numero múltiplo.

5-Artérias gonadais- (ováricas ou testiculares).- são vasos sanguineos que nascem bem próximo da artéria reanal, dirigindo-se inferiormente para terminar nos genitais masculinos ou femininos.


Os ramos terminais da artéria aorta são as artérias ilíacas comuns, direita ou esquerda que após breve trajeto, cada uma divide-se novamente em duas:
  1. Artéria iliaca externa- continua-se inferiormente, passando a se chamar artéria femoral assim que cruza o ligamento inguinal. Fornece dois ramos mais importantes destinados a parede abdominal:

a. artéria epigástrica inferior

b. artéria circunflexa profunda do íleo


A artéria iliaca interna é a principal artéria da pelvis. Apresenta ramos:

  1. parietais

a. artéria ileo-lombar

b. artéria sacral lateral

c. artéria obturatória

d. artéria glútea superior

e. artéria glútea inferior

f. artéria pudenda

2. viscerais

a. artéria umbelical

b. artéria vesical superior

c. artéria do ducto deferente

d. arteria vesical inferior

e. artéria uterina

f. artéria vaginal

g. artéria retal média

Arteria Femoral

É continuação da iliaca externa, superficial inicialmente ao nível do trígono femoral, vai se aprofundando na musculatura da coxa dentro do canal adutor, até se tornar posterior no terço inferior, nível da fossa poplítea, onde passa a ser chamada de artéria poplítea.

Da origem aos seguintes ramos:

a. artéria epigastrica superficial

b. arterias pudendas externas

c. artéria femoral profunda

Todas elas vascularizam musculos, ossos e outras estruturas da região.

Artéria poplitea- se continua na face posterior da perna e divide-se em artéria tibial posterior e artéria tibial anterior.

A arteria tibial posterior dirige-se para a face plantar do pé formando a artéria plantar medial e artéria plantar lateral.

A artéria tibial anterior forma no pé a artéria dorsal do pé, que é utilizada em clínica para verificação da pulsaçào sanguinea.

ESTUDOS COMPLEMENTARES
1Aparelho Circulatório

O aparelho circulatório é constituído por um órgão muscular, o coração e vasos sangüíneos que permitem a circulação do sangue a todas as partes do organismo. O coração é um músculo formado por quatro bombas distintas: duas de preparação, os átrios; e duas bombas pressoras, os ventrículos. O coração está localizado no centro do tórax, entre os dois pulmões, em uma região que se chama mediastino. O tecido muscular que forma o coração é chamado tecido muscular estriado cardíaco, que é a sua camada média. A camada interna que forra o miocardio é chamada de endocardio. Há também uma membrana dupla que reveste o coração chamada pericárdio. O pericárdio é uma serosa, ou seja, uma membrana dupla com estrutura epitelial que protege o coração.
O coração está dividido em duas metades: esquerda e direita, cada uma delas subdivididas em duas câmaras. As câmaras superiores, os átrios; as câmaras inferiores, os ventrículos.
O Átrio funciona, em grande parte, como uma bomba primária (fraca) que aumenta aproximadamente 30% a eficácia dos ventrículos, como bombas. Entretanto o coração pode funcionar de modo bastante satisfatório, nas condições normais de repouso, sem esses 30% adicionais, por ter capacidade (normalmente) de bombear de 300% à 500% mais sangue do que é necessitado pelo corpo.
O Ventrículo, por sua vez, fornece a força principal que arremessa o sangue pela circulação pulmonar. Durante a sístole ventricular (Período de contração) grande quantidade de sangue se acumula nos Átrios, devido ao fechamento das válvulas. Coma conseqüência, tão logo termina a sístole e as pressões sistolicas começam a cair de volta a seus valores diastólicos (relaxamento ou dilatação), as pressões moderadamente aumentadas, nos Átrios promovem a abertura das válvulas permitindo o fluxo rápido de sangue para os ventrículos.
O Átrio direito comunica-se com o ventrículo direito pela válvula tricuspide; O Átrio esquerdo comunica-se com o ventrículo esquerdo pelo válvula mitral.
As válvulas são membranas que se achatam quando o sangue passa em um determinado sentido. As válvulas impedem o retorno do sangue dos ventrículos para os átrios durante a sístole, e as válvulas aortica e pulmonar impedem o retorno do sangue da aorta e da artéria pulmonar para os ventrículos durante a diástole. Todas essas válvulas se fecham e se abrem passivamente. Do lado esquerdo do coração só passa sangue arterial, rico em oxigênio, e do lado direito só passa sangue venoso, rico em gás carbônico.
A circulação sangüínea é a passagem do sangue através do coração e dos vasos. Podemos dividi-las em duas etapas: Pequena circulação ou circulação pulmonar e Grande circulação ou circulação sistêmica.
Na pequena circulação, o sangue venoso que chegou ao átrio direito passa para o ventrículo direito pela válvula tricuspide e, pela artéria pulmonar, é lançada aos pulmões. Depois de sofrer a hematose (transformação do sangue venoso em arterial, nos pulmões, ao contato com o oxigênio do ar respirado) nos pulmões, o sangue oxigenado torna-se outra vez arterial retornando ao átrio esquerdo. Em resumo é uma circulação coração – pulmão – coração.
REGULAÇÃO DA FUNÇÃO CARDÍACA
Quando uma pessoa está em repouso, o coração deve bombear apenas 4 a 6 litros de sangue por minuto. Porém, durante o exercício moderado pode ser necessário bombear de 4 à 7 vezes esta quantidade. Na presente seção estudam-se os meios pelos quais o coração pode adaptar-se para tais aumentos extremos no débito cardíaco. Os dois mecanismos básicos pelos quais a ação de bomba do coração é regulada (1 ) auto – regulação intrínseca de bombeamento em resposta às alterações no volume de sangue que chega ao coração e (2) controle reflexo do coração pelo sistema nervoso autônomo.
Efeito da freqüência cardíaca sobre a função do coração como uma bomba.
Em geral quanto mais vezes o coração bate por minuto, mais sangue ele pode bombear, porem, há limitações importantes a esse efeito. Uma vez que a freqüência cardíaca se eleve acima de um nível critico, a força de contração diminui provavelmente devido ao esgotamento de substratos metabólicos no miocardio.
VASOS SANGÜÍNEOS
O coração e os vasos sangüíneos formam um sistema de transporte que distribui a todas as células do corpo os materiais necessários para o seu funcionamento adequado e retira de todo o corpo os produtos do metabolismo. Ao trazer oxigênio e materiais nutritivos às células e ao remover o dioxido de carbono e outros metabólicos, a circulação estabelece um modo de comunicação entre as células e o meio externo. Nos níveis mais elevados da escala evolucionária a circulação adquire funções suplementares, como por exemplo, a disseminação de hormônios, que são importantes para muitas células do corpo, mas manufaturadas apenas por órgãos o ou tecidos especializados, bem como a distribuição de gorduras e carboidratos dos depósitos de armazenamento para regiões onde eles são utilizados. Vários mecanismos para defesa do organismo são também transportados pelo sistema vascular e podem ser distribuídos através da corrente circulatória a regiões de injúria ou de invasão.
A corrente circulatória se comunica com as células à serem supridas apenas de maneira indireta, através da mediação de um fluído extracelular no qual todas as células estão imersas. As substancias que deixam o sistema vascular através das paredes de seus ramos menores, os capilares, penetram no fluído extracelular e em seguida atravessam a membrana celular para atingir o interior da célula, Este conceito de um meio interno constante que se comunica, de um lado, com o sangue circulante e de outro lado, com as células é fundamental para a moderna fisiologia.
O sistema cardiovascular inclui o coração, artérias, capilares e veias, todos diferentes função e estrutura. O coração fornece a força matriz que impele o sangue através do sistema, as artérias levam sangue do coração para os tecidos do corpo e as veias devolvem o sangue ao coração. As artérias são um sistema ramificante de vasos que se subdividem de uma maneira mais ou menos ordenada em ramos cada vez mais numerosos e de calibre cada vez menor e que, eventualmente se abrem nos capilares. Os capilares são vasos de paredes finas, com diâmetro de poucos milésimos de milímetro, que se estendem dos menores ramos terminais da arvore arterial aos menores ramos que formam o início do sistema venoso.
Os capilares se anastomosa livremente com seus vizinhos, formando uma rede difusa muito diferente da ramificação relativamente sistemática dos vasos arteriais e venosos. Os canais capilares estão em contato intimo com as células que eles servem, embora o fluído extracelular sempre se interponha entre a parede capilar e a membrana celular. As substancias são distribuídas ou removidas do meio interno pericelular por transferencias através da parede capilar. O sangue transita dessas redes capilares para o interior das veias, que formam um sistema ramificante semelhante àquele das artérias. Aqui, porém, as veias se unem em vasos cada vez menos numerosos e de diâmetro cada vez maior a medida que se aproximam do coração.
O sistema vascular propriamente dito inclui não apenas as artérias, capilares e veias da circulação sistêmica e pulmonar, mas também uma outra rede, conhecida como as dos vasos linfáticos. Esses vasos linfáticos se iniciam no espaço extracelular como vasos pequenos, de paredes delgadas semelhantes aos capilares sangüíneos em tamanho e permeabilidade, com uma única diferença: A de serem fechados em fundo cego em uma de suas extremidades. Os capilares linfáticos abrem-se em linfáticos maiores, que convergem formando canais progressivamente mais amplos, até que acabam por drenar para dentro das grandes veias, próximas do coração. O fluído contido nesses canais, a linfa, carrega solutos que se difundem para dentro dos canais a partir do fluído extracelular e os devolvem ao sangue circulante. Muitos dos canais linfáticos maiores são guarnecidos de válvulas que dirigem o fluxo em direção as veias. Os vasos linfáticos sempre atravessam um ou mais lóbulos linfáticos.

ARTÉRIAS
São tubos cilindróides, elásticos, nos quais o sangue circula centrifugamente em relação ao coração.
Calibre
Tendo em vista seu calibre, as artérias podem de um modo simplificado ser classificadas em artérias de grande, médio e pequeno calibre e arteríolas. As de grande calibre tem diâmetro interno 7 mm, as de médio calibre entre 2,5 a 7 mm, as de pequeno entre 0,5 e 2,5 mm e arteríolas com menos de 0,5 mm de diâmetro interno.
Levando-se em conta a estrutura e função, as artérias classificam-se em: Elástica ou de grande calibre; Distribuidoras (ou ainda musculares) ou de tamanho médio; Arteríolas, que são os menores ramos das artérias e oferecem maior resistência ao fluxo sangüíneo, contribuindo assim para reduzir a tensão do sangue através de sua passagem pelos capilares.
Elasticidade
As artérias possuem elasticidade afim de manter o fluxo sangüíneo constante. A dilatação das artérias em razão da onda sangüínea bombeada na sístole ventricular, forma energia potencial que mantém até certo grau a tensão durante a diástole (dilatação) ventricular. As artérias podem dilatar-se no sentido transversal para conter maior volume de sangue; podem também distender-se no sentido longitudinal, atendendo aos deslocamentos dos seguimentos corpóreos. Em geral, as artérias se encontram em estado de tensão no sentido longitudinal, o que explica a retração das duas extremidades do vaso quando secionado transversalmente.
Ramos
As artérias emitem ramos terminais e ramos colaterais.
Ramos Terminais
Quando a artéria dá ramos e o tronco principal deixa de existir por causa desta divisão (em geral bifurcação) diz-se que os ramos são terminais.
Ramos Colaterais
São assim classificados quando a artéria emite ramos e o tronco de origem continua a existir. Entre eles situam-se a grande maioria dos ramos arteriais.
Número
O numero de artérias que irriga um determinado órgão é muito variável, mas está em relação não apenas com o volume do órgão, mas principalmente com sua importância funcional e mesmo com sua atividade em determinados momentos. Geralmente um órgão ou uma estrutura recebe sangue de mais de uma artéria embora haja exceções; exemplo: rins e baço.
Situação
As artérias podem ser superficiais ou profundas. As artérias superficiais em geral são oriundas de artérias musculares e se destinam a pele, sendo por isso mesmo de calibre reduzido e distribuição irregular. A quase totalidade das artérias são profundas, e isto é funcional pois nesta situação as artérias encontram-se protegidas. As artérias têm "filia" pelos ossos e "fobia" pela pele. As vezes, a contiguidade entre artéria e osso é tão acentuada que ela faz sulcos nos ossos. No nível das junturas, as artérias principais ficam na face de flexão, onde são mais protegidas contra as trações. As artérias profundas são acompanhadas por uma ou duas veias, tendo estas mesmo trajeto, calibre semelhante e em geral o mesmo nome da artéria que acompanha, sendo chamadas veias satélites. Quando decorrem juntos artéria, veias e nervos, o conjunto recebe o nome de feixe vásculo – nervoso. Alguns pequenos trechos de artérias profundas apresentam trajetos superficiais, e disto se aproveitam os médicos para aplicações práticas. Assim, a artéria radial é superficial ao nível da extremidade distal do antebraço, do que se vale o médico para comprimi-la contra o rádio e pesquisar a pulsação.

VEIAS
São tubos nos quais o sangue circula centripetamente em relação ao coração. As veias fazem seqüência aos capilares e transportam o sangue que já sofreu trocas com os tecidos, da periferia para o centro do sistema circulatório que é o coração.
Forma
É variável de acordo com a quantidade de sangue em seu interior. Guando cheias de sangue, as veias são mais ou menos cilíndricas; quando pouco cheias ou mesmo vazias são achatadas. Fortemente distendidas apresentam-se moniliformes ou nodosas devido a presença de válvulas.
Calibre
Como para as artérias, as veias podem ser classificadas em veias de grande, médio e pequeno calibre e vênulas, estas ultimas seguindo-se aos capilares. As veias em geral têm maior calibre que as artérias correspondentes. Em virtude da menor tensão do sangue no seu interior e de possuir paredes mais delgadas, as veias são muito depressiveis, podendo suas paredes entrar em contato ("colabamento") e assim permanecer por algum tempo. O poder de distensão das veias no sentido transversal é tão acentuado, que elas podem segundo alguns autores quintuplicar o seu diâmetro.
Tributárias ou Afluentes.
A formação das veias lembra de perto a formação dos rios: Afluentes vão confluindo no leito principal e o caudal deste torna-se progressivamente mais volumoso. As veias recebem numerosas tributárias e seu calibre aumenta a medida que se aproximam do coração, exatamente o oposto do que ocorre com as artérias, nas quais o calibre vai diminuindo a medida que emitem ramos e se afastam do coração.
Número
O numero de veias é maior do que as das artérias, não só porque é muito freqüente a existência de duas veias satélites acompanhando uma artéria, como também pela existência de um sistema de veias superficiais as quais não correspondem artérias. Em geral há duas veias acompanhando uma artéria, mas há exceções: Exemplo, na porção proximal dos membros há uma veia satélite; no pênis e no cordão umbilical há duas artérias e uma veia.
Tendo-se em conta que a velocidade do sangue é menor nas veias que nas artérias e que as veias têm de transportar o mesmo volume de sangue num determinado tempo, compreende-se porque o número de veias é maior que o de artérias.
Situação
De acordo com a sua localização em relação às camadas do corpo humano, as veias são classificadas em superficiais e profundas.
Veias superficiais são subcutâneas com freqüência visíveis por transparência na pele, mais calibrosas nos membros e no pescoço. Drenam o sangue da circulação cutânea e servem também como via de descarga auxiliar da circulação profunda. Permitem o esvaziamento rápido de veias dos músculos durante a contração dos membros e assim diminuem o retorno pela circulação profunda. São volumosas e facilmente visíveis nos indivíduos musculosos e menos nítidas no sexo feminino. As veias superficiais não acompanham artérias.
Devido a sua situação subcutânea, é nestas veias que se faz aplicações de injeções endovenosas.
Veias profundas podem ser solitárias isto é, não acompanham artérias ou satélites das artérias. Numerosas veias comunicam veias superficiais com veias profundas e são denominadas veias comunicantes. As veias da cabeça e do tronco podem ser classificadas em viscerais, quando drenam as vísceras ou órgãos e em parietais, quando drenam as paredes daqueles seguimentos.

Anastomoses
As anastomoses venosas são mais freqüentes que as arteriais, sendo difícil delimitar o exato território de uma drenagem de uma veia. Mesmo a distribuição de uma veia é extremamente variável, o que torna difícil fixar o padrão normal de distribuição.
Válvulas
A presença de válvulas é uma das principais características das veias, embora haja exceções pois, estão ausentes nas veias do celebro e em algumas veias do tronco e do pescoço. As válvulas são pregas membranosas da camada interna da veia, em forma de bolso. Possuem uma borda aderente a parede do vaso e uma borda livre voltada sempre para a direção do coração. O espaço delimitado pela borda aderente é situado entre a válvula e a parede da veia chama-se seio da válvula. Comparando-a com um bolso de vestuário, a costura do bolso corresponde a borda aderente, a parte sem costura a borda livre e a cavidade do bolso ao seio da válvula. Quando o sangue contido na veia é impulsionado, e empurra a válvula de encontro a parede do vaso, circulando assim livremente em direção ao coração. Como a progressão da corrente sangüínea venosa não é contínua, cessada a força que o impulsiona, tende o sangue a retornar pela ação da gravidade. Tal fato entretanto não ocorre porque o sangue se insinua no seio da válvula, ocupando-o integralmente e fazendo com que a borda livre se encoste na parede do vaso. Desta forma, a luz da veia é temporariamente obliterada, até que novo impulso faça o sangue progredir em direção ao coração. Pode haver mais de uma válvula em um mesmo ponto de veia, sendo freqüente encontrar duas e mais raramente três. Insuficiência de uma válvula é a impossibilidade de impedir completamente o refluxo do sangue. A Insuficiência de muitas válvulas de uma mesma veia provoca sua dilatação e consequentemente estase sangüínea: Tal estado é conhecido pelo nome de varizes. Alem de orientar a direção da corrente sangüínea, permitindo sua circulação apenas na direção do coração e impedindo seu refluxo, as válvulas dividem a coluna sangüínea venosa, possibilitando ao sangue progredir de seguimento em seguimento. A força do bombeamento cardíaco diminui a medida que o sangue passa por vasos de calibre cada vez menores e sobretudo nos capilares. Nas veias, tensão e velocidade do sangue são menores que nas artérias. Um dos mais importantes fatores do retorno do sangue venoso ao coração é a contração muscular, que comprime as veias e impulsiona o sangue nelas contido.

CAPILARES SANGÜÍNEOS
São vasos microscópicos, interposto entre artérias e veias. Neles se processam as trocas entre o sangue e os tecidos. Sua distribuição é quase universal no corpo humano, sendo rara sua ausência em tecidos ou órgãos, como é o caso da epiderme, da cartilagem hialina.

O SISTEMA LINFÁTICO
É um sistema formado por vasos e órgãos linfóides e nele circula a linfa, sendo basicamente um sistema auxiliar de drenagem, ou seja, auxiliar do sistema venoso. Nem todas as moléculas do liquido tecidual passam para os capilares sangüíneos. É o caso de moléculas de grande tamanho, que são recolhidas em capilares especiais, os capilares linfáticos, de onde a linfa segue para os vasos linfáticos, e destes para troncos linfáticos, os mais volumosos que por sua vez lançam a linfa em veias de médio ou grande calibre. Os capilares linfáticos são mais calibrosos e mais irregulares que os sangüíneos, terminam em fundo cego, sendo geralmente encontrados na maioria das áreas onde estão situados os capilares sangüíneos. São extremamente abundantes na pele e nas mucosas. Os vasos linfáticos possuem válvulas em forma de bolso, como as das veias e elas asseguram o fluxo da linfa numa só direção, ou seja, para o coração. Como o calibre do vaso é menor ao nível da localização das válvulas, ele apresenta-se irregular e lembra as contas dum rosário. O maior tronco linfático recebe o nome de ducto torácico, e geralmente desemboca na junção da veia jugular interna com a veia subclávia, do lado esquerdo. Os vasos linfáticos estão ausentes no sistema nervoso central, na medula óssea, nos músculos esqueléticos (mas não no tecido conjuntivo que os reveste) e em estruturas avasculares.
Diferenças entre sistema linfático e sistema sangüíneo
O sistema linfático assemelha-se ao sistema sangüíneo em muitos aspectos, mas ele difere em outros. Assim, o sistema linfático está constituído de capilares onde ocorre a absorção do liquido tecidual mas estes capilares são tubos de fundo cego. Por outro lado, o sistema linfático não possui um órgão central bombeador, apenas conduzindo a linfa para vasos mais calibrosos que desembocam principalmente em veias do pescoço. Uma outra importante diferença é que aos vasos linfáticos associam-se estruturas denominadas linfonodos.
Linfonodos
Estão interposto no trajeto dos vasos linfáticos e agem como uma barreira ou filtro contra a penetração na corrente circulatória de microrganismos, toxinas ou substancias estranhas ao organismo. Os linfonodos são, portanto, elementos de defesa para o organismo, e para tanto, produzem glóbulos brancos, principalmente linfócitos. Os linfonodos variam muito em forma, tamanho e coloração, ocorrendo geralmente em grupo embora possam apresentar-se isolados. Freqüentemente estão localizados ao longo do trajeto de vasos sangüíneos, como ocorre no pescoço e nas cavidades torácicas, abdominal e pélvica. Na axila e na região inguinal são abundantes, sendo em geral palpáveis nesta ultima. Como reação à uma inflamação, o linfonodo pode intumescer-se e tornar-se doloroso fenômeno conhecido com o nome vulgar de íngua.
Fluxo da Linfa
O fluxo da linfa é relativamente lento durante os períodos de inatividade de uma área ou órgão. A atividade muscular provoca o aparecimento de fluxo mais rápido e regular. A circulação da linfa aumenta durante o peristaltismo ( movimento das vísceras do tubo digestivo) e também com o aumento dos movimentos respiratórios, mas é pouco influenciada por elevação da tensão arterial.
Baço
É um órgão linfoide, situado do lado esquerdo da cavidade abdominal, junto ao diafragma, ao nível das 9ª, 10ª, 11ª costelas. Apresenta-se duas faces distintas, uma relacionada com o diafragma – face diafragmatica e outra voltada para as vísceras abdominais – face visceral. Nesta verifica-se a presença de uma fenda – o hilo do baço, onde penetram vasos e nervos. O Baço e drenado pela veia esplênica tributária da veia aorta.
Timo
Órgão linfoide, formado por massa irregular, situado em parte no tórax e em parte na porção inferior do pescoço. A porção torácica fica atras do esterno e a porção cervical anteriormente e dos lados da traquéia. O Timo cresce após o nascimento até atingir seu maior tamanho na puberdade. A seguir começa a regredir, sendo grande parte de sua substancia substituída por tecido adiposo e fibroso, não desaparecendo, entretanto, todo o tecido tímico.

CIRCULAÇÃO SANGÜÍNEA
A circulação sangüínea é fundamental para que nós como indivíduos biológicos possamos sobreviver. A circulação é essencial para que nossas células possam se manter organizadas em tecidos, os tecidos em órgãos, os órgãos em sistemas e os sistemas em indivíduos.
Sistema Cardiovascular
É um sistema que se caracteriza por ser um sistema fechado. O sangue é o liquido que circula. O sangue fora dos vasos é doença – hemorragia. O sangue circula através de um sistema de tubos fechados chamados de vasos sangüíneos e é movido principalmente pela força propulsora desenvolvida pelo coração. Quem gera a pressão que movimenta o sangue é a bomba do sistema cardiovascular, que é o coração.
O sistema cardiovascular incorpora: coração e duas circulações:
Coração – Pulmão – Coração ou Circulação Pulmonar.
Coração – Corpo – Coração ou Circulação Sistêmica.
Nas duas vamos encontrar vasos sangüíneos num sistema de distribuição (sistema arterial). O Sangue transportado pelas artérias na circulação pulmonar é venoso, que é o sangue que está saindo do coração e indo para os pulmões para ser arteriolizado.
 Sistema de Troca – Sistema de Capilares
 Sistema de Retorno – Sistema Venoso (Coletor)
 Sistema de Distribuição – Sistema Arterial
No sistema de troca, vamos ter a grande artéria Aorta, emitindo artérias menores para o fígado, tubo digestivo, rins, membros inferiores, cabeça, braços, Tc.... As artérias vão se ramificar em artérias menores, as arteríolas. As arteríolas, em capilares. Os capilares conduzem o sangue para pequenas veias(venulas). Essas venulas conduzem o sangue para veias maiores e essas convergem nas veias cavas superior e inferior.
Diferença entre Circulação Pulmonar e Sistêmica
Não existe diferença entre quantidade de sangue que circula por minuto. O volume de sangue que circula no sistema cardiovascular por minuto é chamado de Débito Cardíaco. O Débito Cardíaco é o mesmo para pequena circulação quanto para grande circulação. O que nós vamos ter no sistema arterial de ambas as circulações, é a pressão mais elevada, pois o sangue circula do coração para o corpo e volta ao coração. E quem fornece essa energia para circular é o coração. Então no inicio do sistema circulatório é de se esperar que a pressão sangüínea seja elevada. A pressão arterial é bem mais elevada do que a pressão dos capilares, que por sua vez é mais elevada do que nas veias. No sistema venoso, a pressão é mais baixa e tem capacidade de reservatório. Além de coletar o sangue, ele o reserva. No sistema capilar o que caracteriza é a estrutura para facilitar as trocas de substancias entre o sangue e o liquido intersticial. A estrutura dos vasos sangüíneos obedecem a função, as grandes artérias são bastantes elásticas para receber o sangue e para manda-lo embora. As arteríolas possuem uma musculatura lisa. Quando essa musculatura se contrai, ela faz a vasocontrição. Quando essa musculatura se relaxa, ela faz a vasodilatação. O sistema cardiovascular tem só 5 litros de sangue. Em determinados momentos, determinados órgãos precisam de mais fluxo sangüíneo. Aí, o sistema cardiovascular vai atender aumentando a velocidade de circulação do sangue. O Débito Cardíaco que é 5 litros pode passar para 10, 15, 20, 35 litros por minuto num atleta por exemplo. Mas além disso, através desse mecanismo de vasodilatação num lugar e vasoconstrição no outro, o sangue é dirigido prioritariamente para os locais mais necessitados. Então se você está no período digestivo, vai haver uma vasodilatação mandando mais sangue para o canal alimentar. No período digestivo não vai ter vasodilatação do tubo digestivo e vasoconstrição em outras regiões. Durante uma atividade física, por exemplo, um animal numa situação de emergência vai ter que fugir ou lutar, então nesse momento não é interessante estar fazendo digestão. Nessa situação, os sistema nervoso programa a vasodilatação dos músculos e a vasoconstrição no tubo digestivo. Portanto, duas maneiras do sistema cardiovascular usa para atender a necessidade de fluxo sangüíneo de acordo com a exigência.
 1 – Aumenta a velocidade de circulação
 2 – Produz vasoconstrição e vasodilatação
Os capilares tem uma estrutura de paredes bastante finas, facilitando o sistema de trocas. As venulas são mais espessas e as veias são complacentes.
Circulação do Sangue no Coração
O sangue chega no coração pelas veias cavas superior e inferior que chegam no átrio direito, do átrio direito descem para o ventrículo direito, sai do ventrículo direito pelo tronco pulmonar que se bifurca nas artérias pulmonares. O sangue vai aos pulmões, volta ao coração pelas veias pulmonares, esse sangue chega no átrio esquerdo, desce para o ventrículo esquerdo, e sai pela Aorta. Uma coisa muito importante na circulação do sangue no coração, é o processo rítmico de contração do coração e a existência das válvulas, que são estruturas que direcionam o sangue.
 Lado direito: Tricuspide
Lado esquerdo: Mitral ou Bicuspide
E ainda as válvulas semilunares aorticas e pulmonares. Uma característica funcional diferencial do coração como um órgão muscular é que o coração, mesmo cortando os nervos cardíacos, ele continua batendo. O coração tem uma propriedade chamada automatismo. O que acontece é que toda célula cardíaca é capaz de se autoexcitar, e é capaz de determinar sua própria contração, mas na verdade, existe um tecido especial no coração, chamado tecido ou sistema de Purkinge (ou tecido nadal) que é mais eficiente pra realizar este processo de autoexcitação. E por causa dessa capacidade, o sistema acaba controlando todo o coração. No coração existem comunicações entre as membranas das células cardíacas, facilitando o impulso. A excitação elétrica passa rapidamente de uma célula para outra. Isso porque o coração tem uma característica onde as células se intercomunicam. Então essas células geram capacidade despolarização, a excitação mais rapidamente, passam a comandar o resto. Dentro desse sistema de Purkinge vamos ter um conjunto de estruturas chamadas "Nós". O Nó sino atrial é o mais rápido, é ele que comanda todo o coração. Ele que determina o ritmo cardíaco e o marcapasso. O Nó sino atrial que gera aquela excitação e se propaga para o Nó atrio-ventricular chegando no Nó A.V., ele sofre um retardo e diminui de velocidade. Depois, esse impulso chega no feixe de his, descendo pelos ramos direito e esquerdo. Nesse momento não há passagem de impulso para a musculatura. O impulso só passará para a musculatura quando chegar nas redes de Purkinge. A ponta do coração se contrai primeiro, a excitação chega primeiro na ponta . Isso também tem um sentido funcional, se contraísse primeiro no meio, o sangue ficaria parado no ventrículo. Como se contrai a ponta primeiro o sangue é todo jogado para cima.

SANGUE
O sangue é um tecido liquido viscoso de cor vermelha que circula por todo o corpo através de um sistema fechado, impulsionado pela força das contrações cardíacas, levando substancias em quantidades necessárias as células de outros tecidos e trazendo resíduos eliminados. Essa troca de substancias entre os tecidos são feitas através da osmose, mantendo assim um equilíbrio. Se olhar-mos uma mostra de sangue estaremos vendo uma solução soluto mas solvente.
 Soluto = elementos figurados
 Solvente = plasma ou soro
Elementos figurados são as células sangüíneas(hemacias, leucócitos, e plaquetas) que são produzidas na medula óssea ou tecidos hemoposticos encontrados em vários ossos do corpo. São passados para a corrente sangüínea através de vasos existentes no interior dos ossos que estão conectados diretamente ao sistema circulatório.
As Hemacias – glóbulos vermelhos ou eritrocitos são existentes cerca de 5 milhões por milímetros cúbicos estão sempre sendo substituídos pois seu tempo de vida é de 120 dias. A principal proteína encontrada na Hemacia é a hemoglobina , rica em ferro, responsável pela coloração do sangue e transportes de gases. Quando se combina com o oxigênio forma a oxumoglobina (sangue arterial) tem uma coloração mais clara. E quando se combina com o gás carbônico forma a carmoglobina (sangue venoso) tem uma coloração mais escura. Quando a Hemacia morre a hemoglobina se divide em suas partes e componentes. O ferro será reaproveitado para formação de outras hemacias e suas outras substancias serão metabolizadas pelo fígado. A doença causada pela baixa de hemacia no sangue é a anemia.
Leucócitos.
Leucócitos – glóbulos brancos, são responsáveis pela defesa do organismo. Em um indivíduo sadio são encontrados cerca de 7 mil por milímetros cúbicos. São os granulócitos tem origem mulociteca é formado na medula óssea. E os agranulócitos tem origem linfocitica é formado no Baço e nos nódulos linfáticos. Agranulocitos e monocitos são os linfócitos, eles combatem os microrganismos através de anticorpos produzidos neles mesmos. Essa é uma substancia que inativa a ação dos micróbios e das toxinas. Os principais ante corpos são a heparena ( anti-coagulante) e a histamina (aparece nas reações alergicas). Granulócitos são os acidólifos, os basófilos e nuitrófilos diferenciam-se conforme mostrem maior afinidades por corantes ácidos, básicos ou neutros. Os granulócitos tem o seu citoplasma granuloso. Eles combatem o microrganismo desconhecido, atacando-os e destruindo-os. Quando ele identifica um invasor, ele recebe uma ordem para sair do vaso através dos poros (ocorre a diapedese). Quando está combatendo o invasor ocorre a fagocitóse. Quando o destrói forma o piocito (célula de pus). Contando o numero de leucócitos do sangue através do exame de Hemograma, podemos saber em que condições está o nosso organismo. O aumento de numero de leucócitos no sangue indica um processo infeccioso, dá-se o nome de leucocitóse. O numero baixo de leucócitos indica baixa resistência ao quadro infeccioso, é a leucopenia.
Plaquetas ou Trombocitos.
São cerca de 250 mil por milímetros cúbicos, São fragmentos de células responsáveis pela coagulação do sangue com o auxilio de uma proteína, a fibrina. Plasma – parte liquida do sangue, possui 91,5% do volume total de água os outros 8,5% são divididos entre outras substancias, sendo: 1,5% divididos entre acido urico, bicarbonato, sódio, cloro, colesterol, ferro, fosfato, glicose, magnésio, potássio, cálcio, sulfato e uréia. São os mais importantes para a medicina. E os 7% restantes são proteínas. Albumina, dá a viscosidade do sangue responsável pelo transporte de lipídeos, Hormônios e distribuição de água. Globulina, fabrica um anticorpo para defesas especificas. Fibrinogenio, ajuda na coagulação sangüínea.
Sistema ABO
A existência de vários tipos de sangue humano foi estabelecido por Karl Landsteiner em 1902, ano em que iniciou-se o estudo para descobrir porque após certas transfusões de sangue sobrevinha a morte. Descobriu que a causa era incompatibilidade entre o sangue do doador e do receptor. Dessa observação nasceu a classificação (Landsteiner) grupos sangüíneos ABO que agrupa os sangues em 4 tipos: A, B, AB, O , é o conhecimento de quais os grupos sangüíneos que podem ser misturados com segurança. O sangue tipo O pode ser doado em principio a todos os tipos sangüíneos, sangue do tipo O .
O AB pode ser doado apenas ao AB mas pode receber qualquer tipo. Daí serem denominados receptores universais. As pessoas do tipo O são doadores universais mas não podem receber qualquer outro tipo. O tipo A pode ser doado ao tipo A e ao AB e só pode receber de A e O . As pessoas do tipo B podem doar à B e AB e só podem receber de B e O
A transfusão de sangue ideal é aquela em que o doador e o receptor pertencem ao mesmo tipo sangüíneo. No Estados Unidos, 85% da população pertence ao grupo A e O , sendo raro o tipo AB.
A distribuição dos tipos de Sangue variam consideravelmente com a população geográfica, pois é herdado. Como medida de segurança, antes do paciente receber uma transfusão de sangue total, comprova-se a compatibilidade de seu sangue com o do doador, para isso, combinam-se pequenas amostras de glóbulos vermelhos e soro de ambos os sangues, as quais são examinadas ao microscópio para verificar se há indícios de incompatibilidade ou aglomeração. Quando se misturam sangues incompatíveis, o glóbulo vermelho do doador são rapidamente destruídos, desprendendo hemoglobina que fica livre na corrente circulatória. A hemoglobina livre decompõe-se e pode ser eliminada através dos rins. Quando a urina é acida o pigmento recem-formado pela destruição da hemoglobina não pode ser absorvido pelos rins e deposita-se nas células tubulares desses órgãos, isto produz grave prejuízo no funcionamento do rins e eventualmente a morte. A prática de verificar os tipos sangüíneos antes das transfusões elimina virtualmente a morte por transfusão. Nas transfusões de sangue e em toxilogia, tem grande importância os grupos sangüíneos RH, descobertos em 1940. O fator RH, substancia presente nos glóbulos vermelhos, foi descoberto durante experiências realizadas com macacos Rhesus, de onde origina a designação RH. Posteriormente, esse fator foi relacionado com acidentes inexplicáveis ocorridos em transfusão e também, com a anemia Hemolitica do recém-nascido, caracterizando pela desintegração dos glóbulos vermelhos do sangue. Cerca de 85% das pessoas de raça branca possuem fator RH positivo, o que indica que os glóbulos vermelhos se aglutinam com o soro anti-Rhesus; os 15% restante possuem RH negativo, o que significa que seus glóbulos não se aglutinam com o soro anti-Rhesus. Quando uma pessoa RH negativa recebe sangue RH positivo, pode desenvolver anticorpos. Se posteriormente torna a receber sangue RH positivo, o resultado pode ser uma anemia Hemolitico. Esta anemia aparece com mais freqüência nos recém-nascidos, quando a mãe é RH negativa e a criança é RH positiva. Isto ocorre somente quando a mãe teve contato anterior direto com o sangue RH positivo, por exemplo, por ter recebido uma transfusão ou ter tido um filhoRH positivo. O tratamento exige transfusões de sangue RH negativo à criança e nos casos graves, a substituição quase total de seu sangue por outro RH negativo do tipo adequado. Nos bancos de sangue conservam-se grandes quantidade de sangue RH negativo para utilização imediata. Os exames de Laboratório podem revelar a correspondente sensibilização permitindo ao médico tomar medidas para evitar ou diminuir os riscos para mãe e a criança. Quando as análises indicam que a criança vai nascer, pode ser RH positiva, a futura mãe deve receber atenção especial.
A anemia Hemolitica manifesta-se apenas em um caso entre 40 e 50 casos de uniões de mulher RH negativa com Homem RH positivo.

2- Anatomia da Circulação Coronária

AS ARTÉRIAS
 Considerações Gerais
As artérias do coração têm origem nas Artérias Coronárias, uma esquerda e outra direita. Têm origem na porção inicial da Aorta, constituindo os primeiros ramos colaterais desta artéria.
A Artéria Coronária Esquerda nasce ao nível da parte média do Seio de Valssalva esquerdo. A Artéria Coronária Direita nasce ao nível do Seio de Valssalva direito.
 Artéria Coronária Esquerda
O seu tronco de origem mede aproximadamente 1cm. Dirige-se para a frente, para baixo e para a esquerda. O tronco de origem divide-se depois em dois ramos terminais: a Artéria Interventricular Anterior ou Artéria Descendente Anterior e a Artéria Auriculo-Ventricular Esquerda ou Ramo Circunflexo.
 Artéria Interventricular Anterior
O também denominado Artéria Descendente Anterior, desce ao longo do Sulco Interventricular Anterior, contorna o Bordo direito do coração à direita da ponta, terminando na face posterior do coração.
Ao longo do seu trajecto a Artéria Interventricular Anterior dá origem a 3 classes de Ramos Colaterais: a) Ramos Direitos, que irrigam o Ventrículo Direito; b) Ramos Esquerdos, que irrigam o Ventrículo Esquerdo e c) Ramos Septais (que irrigam o septo interventricular).
 Artéria Auriculo-Ventricular Esquerda
Esta artéria, também denominada Ramo Circunflexo, pois contorna o Bordo esquerdo do coração, seguindo o Sulco Coronário, termina na face posterior do Ventrículo esquerdo, a uma distância variável do Sulco Interventricular Posterior, não atingindo, na maior parte dos casos, o referido sulco. Dirige-se horizontalmente até à parte esquerda do Sulco Coronário e atinge a face esquerda do coração.
A Artéria Auriculo-Ventricular Esquerda dá: a) Ramos Ascendentes ou Auriculares e b) Ramos Descendentes ou Ventriculares (que irrigam as respectivas regiões do coração esquerdo).
 Coronária Direita
A Artéria Coronária Direita percorre o Sulco Auriculo-Ventricular Direito e o Sulco Interventricular Posterior.
Ao longo do seu trajecto tem 3 segmentos: a) o 1º estende-se desde a origem até ao Bordo direito do coração e no orgão in situ tem inicialmente um trajecto oblíquo de trás para a frente, tornando-se de seguida descendente; b) o 2º segmento vai desde o Bordo direito do coração até à parte superior do Sulco Longitudinal Posterior, no ponto denominado Cruz do Coração e por último c) o 3º segue a parte esquerda do Sulco Interventricular Posterior.
 Ramos Colaterais
Os Ramos Colaterais da Coronária Direita são de 2 tipo: a) Ascendentes ou Auriculares e b) Descendentes ou Ventriculares.
 Ramos Ascendentes ou Auriculares
São 3 ou 4 (que são responsáveis maioritariamente pela irrigação da aurícula direita) dos quais 2 são principais: a) a Artéria Auricular Direita Anterior, responsável pela irrigação do nódulo sinusal e b) a Artéria Auricular do Bordo Direito.
 Ramos Descendentes ou Ventriculares
Existem nos três segmentos da artéria e são responsáveis pela irrigação do ventrículo direito.
 Ramo Terminal
O ramo terminal da Coronária Direita é a Artéria Interventricular Posterior. Há numerosas variações na terminação da Artéria Coronária Direita, podendo dizer-se que está tanto mais desenvolvida quanto menos o estiver a terminação da Coronária Esquerda.
A Artéria Interventricular Posterior tem Ramos Direitos para a parede posterior do Ventrículo direito, Ramos Esquerdos para a parede posterior do Ventrículo esquerdo e por fim as Artérias Septais Posteriores.
As Artérias Septais Posteriores são menos desenvolvidas que as Anteriores e o seu território resume-se ao 1/3 posterior do Septo Interventricular. É de realçar que o grupo inferior das septais posteriores tem frequentemente origem na terminação da Artéria Interventricular Anterior.

TERRITÓRIOS VASCULARES DAS CORONÁRIAS
Em geral podemos considerar que:
 A Coronária Esquerda distribui-se pelo coração esquerdo e 2/3 Anteriores do Septo;
 A Coronária Direita distribui-se pelo coração direito e 1/3 Posterior do Septo;
 Cada uma das 2 Coronárias contribui para a irrigação da outra metade do coração.
Em cerca de 97% dos casos há anastomoses entre as 2 Coronárias (sendo maioritariamente reduzidas ou pouco amplas).
Existem também comunicações directas entre o Sistema Arterial e o Sistema Venoso - Comunicações Arterio-Venosas - e entre o Sistema Arterial e as Cavidades Cardíacas - Comunicações Intracardíacas. Estas comunicações fazem-se por vasos de 2 tipos: a) Vasos Arterioluminais e b) Vasos Arteriosinusoidais; estes últimos desempenham um papel importante na nutrição do miocárdio e representam a persistência no adulto do dispositivo embrionário de Uniões Lagunares de Henle.

OS CAPILARES
 Considerações Gerais
Da ramificação dos ramos supracitados resulta uma extensa e rica rede capilar que disseminando-se nutre todo o coração, nomeadamente as abundantes e energicamente exigentes células musculares do miocárdio. A troca de gases e metabolitos ocorre a nível do espaço intersticial entre as células e essas unidades terminais da circulação coronária.
AS VEIAS
 Considerações Gerais
O sangue venoso é drenado por pequenas vénulas que convergem para veias de calibre sequencialmente superior.
As veias do coração terminam primitivamente na porção terminal da Veia Cava Superior, atrofiando-se ao longo do desenvolvimento, apenas persiste na sua parte inferior, onde constitui a Veia Oblíqua da Aurícula Esquerda, estando a sua parte superior representada pela Veia Intercostal Superior Esquerda. Quanto à sua porção média, esta desaparece transformado-se no cordão fibroso que é a Prega Vestigial do Pericárdio.
É o Seio Coronário (uma enorme dilatação em forma de ampulheta que se situa no lado esquerdo do sulco auriculo-ventricular posterior) que recebe quase todas as veias do coração sendo uma formação especial e independente. Além daquelas que drenam para o Seio Coronário, existem outras veias no coração, as Pequenas Veias do Coração que se abrem directamente na Aurícula (os orifícios pelos quais estas veias se abrem na aurícula direita denominam-se Foramina) e outras veias que vão directamente dos feixes musculares às cavidades cardíacas, são as Veias de Tebesius (os pontos em que desaguam são os Foraminula de Lannelongue).
 ANASTOMOSES
As Veias Cardíacas não constituem um sistema vascular fechado. Anastomosam-se entre si por canais directos, principalmente desenvolvidos na ponta do coração e comunicam com os Vasos Arteriosinusoidais de Wearn.
Por outro lado, a Rede Venosa do Coração comunica com as redes vizinhas por meio dos Vasa Vasorum que rodeiam os grandes vasos do coração.

Saturday, August 06, 2005

APARELHO CIRCULATÓRIO- aula 1

1. Tronco pulmonar - Vaso curto e largo que tem origem no cone pulmonar e divide-se em dois ramos:
a. Artéria pulmonar direita- É maior que a esquerda, passa por baixo da aorta e da veia cava superior. Cruza a frente do brônquio direito.
i. Artérias segmentares do lobo superior
ii. Artérias segmentares do lobo médio
iii. Artérias segmentares do lobo inferior

b. Artéria pulmonar esquerda
i. Artérias segmentares para o lobo superior
ii. Artérias segmentares para o lobo inferior





A artéria pulmonar esquerda liga-se ao arco da aorta pelo ligamento arterial.

2. Artéria aorta
A arteria aorta divise-se em quatro partes primcipais:
a. Arteria aorta Ascendente
Emite apenas dois ramos principais:

  • Artéria coronária direita. Com seus ramos:

i. artéria marginal que comprende os ramos para o átrio direito, para o nó sinusal e para todo o ventriculo direito, exceto a margem adjacente ao sulco intercventricular anterior.

i.i. Artéria interventricular direita ou posterior. Oferece ramos o ventriculos direito na face diafragmática do coração e para a parte doventriculo esquerdo adjacente ao sulco interventricular posterior. Faz anastomose com ramos terminais da artéria circunflexa.

  • Artéria coronaria esquerda- É curta e logo emite dois ramos importantes.

i. Artéria coronaria descendente anterior. Emite ramos para e ventrículo esquerdo e ramos para uma pequena parte do ventrículo direito adjacente ao sulco interventricular anterior.

ii.Artéria coronária circunflexa. Trajeta o leito do sulco coronario, dirigindo-se a face diafragmática do coração. Emite ramos para os átrios, inclusive para o nó sino atrial, e para o ventriculo esquerdo, exceto a parte deste adjacente ao sulco interventricular posterior.

b. Crossa da aorta- também denominada arco da aorta cruza da direita para a esquerda, de anterior a posterior emitindo três vasos sanguineos calibrosos:

i. Tronco Braquiocefálico- Espesso vaso sanguineo composto pela artéria carótida direita que se dirige a cabeça e ao pescoço e pela artéria subclávia direita que ira vascularizar o membro superior direito.

ii.Artéria carótida esquerda - vasculariza a cabeça e o pescoço ascendendo pela esquerda

iii.Artéria subclávia esquerda- faz a vascularização do membro superior esquerdo

RAMOS DA ARTÉRIA SUBCLÁVIA- Quase todos se originam na primeira porção.

1. Artéria vertebral- Tem direçao ascendente ocupando em seu trajeto o forame vertebral das vertebras cervicais. Seu ramo direito une-se com o esquerdo ao nível do sulco bulbo pontino do tronco encefalico para formar a artéria basilar. Dá os ramos:

  1. a. espinhais- para a medula espinhal cervical
  2. b.musculares- para os músculos para vertebrais.
  3. c.meningeos- para parte das meninges
  4. d. cerebelares
  5. e. medulares e bulbares

2. Arteria mamária ou torácica interna- Tendo origem na subclávia toma direção inferior e anterior indo se localizar junto as cartilagens costais na face posterior da parede toráxica. Desce então margeando o esterno.Dá os seguintes ramos:

a.pericardicofrenica-irriga o pericardio e parte do diafragma

b.mediastinica- Envia ramos para o mediastino

c-Intercostais anteriores- para os musculos intercostais da face anterior do tórax

d.Musculofrenicas- para o músculo do diafragma

e. epigastrica inferior- para os músculos do abdome, parte superior. Faz anastomose com a epigastrica inferior. É considerada o ramo terminal da mamária.

3. Tronco tireocervical- Emerge ao lado da artéria vertebral e também toma direção do pescoço emitindo os seguintes ramos:

a. artéria tireoidéia inferior-irriga a parte inferior da glândula tireóide e outros estruturas.

b.artéria laringea

c. artéria esofágica

d. artéria cervical ascendente

e. artéria cervical transversa

f. artéria supra escapular

g. ramos musculares para o pescoço

4. Tronco costo-cervical- Tem origem mais lateralmente na segunda porção da artéria subclavia. Da origem a artéria toracica suprema que ira vascularizaros dois primeiros espaços intercostais posteriores.

5.Artéria escapular descendente- É o mais lateral dos ramos da subclávia, localizando-se em sua terceira porção. Fornece ramos musculares para o dorso da escápula.

Ramos da Artéria Axilar- A artéria axilar nada mais é que a continuidade da artéria subclávia quando esta alcança a primeira costela. Esta localizada atráz 'da inserção do músculo peitoral menor no úmero, sendo

dividida por este músculo em tres porções. Tem intensa relação no local com o plexo braquial. Fornece os seguintes ramos musculares:

a. artéria toracica superior

b.artéria toraco acromial

c. artéria torácica lateral

d. artéria subescapular

e. artéria circunflexa anterior do úmero

f. arteria circunflexa posterior do úmero

Abaixo da borda inferior do músculo redondo maior a arteria axilar passa a se chamar artéria braquial.

Artéria Braquial

Ocupa o contorno medail do braço.Desce muito proxima aos nervos do braço, principalmente o nervo mediano, indo terminar na fossa cubital dividindo-se em artéria radial e artéria ulnar.

É palpavel em alguns pontos do seu trajeto e normalmente é utilizada para aferir a pressão arterial.

Emite ramos para todas as estruturas do braço.

Seus principais ramos são:

a. artéria profunda do braço

b. artéria colateral ulnar superior

c. artéria colateral ulnar inferior

d. ramos musculares

e. ramos nutricios para o úmero

Artérias radial e ulnar

A. radial- é a mais lateral e menor. É a artéria do pulso onde verificamos a pulsação, importante dado vital, quando a palpamos em sua extremidade distal lateralmente ao tendão do músculo flexor radial do carpo. Torna-se profunda próximo a sua extrmidade distal distribuindo-se dorsalmente na mão. Seus principais ramos são:

a. artéria recorrente radial

b. ramos musculares

A. Ulnar- É a maior e em seu terço distal localiza-se lateralmente ao tendão do flexor ulnar do carpo. Termina distamente formando o arco palmar superficial após emitir um ramo palmar profundo. Seus principais ramos são:

a. artéria recorrente ulnar

b. artéria interossea comum

c. ramos carpicos palmar e dorsal

Ramos da artéria radial e da ulnar para as mãos

1. artéria radial

a. ramo palmar superficial

b. ramo carpico palmar

c. ramo cárpico dorsal

d. artérias digitais dorsais

e. artéria principal do polegar

f. artéria radial do índex

g. arco palmar profunda

Ramos da artéria ulnar

a. ramo carpico palmar

b. ramo carpico dorsal

c-Arco palmar su[erficial

d. Ramo palmar profundo

RAMOS DA ARTÉRIA CARÓTIDA-é o segundo grande ramo arterial que emerge do arco da aorta. Em sua origem leva o nome de arteria carótica comum direita, sendo semelhante em distribuição a artéria carótida comum esquerda, que emerge a seu lado esquerdo.

As artérias carotidas comuns direita e esquerda tomam direção do cranio sem emitir nenhum ramo arterial importante no pescoço.

Divide-se ao nível da borda superior da cartilagem tireóide em artéria carotida externa e artéria carótida interna.

Pode ser comprimida em seu trajeto para verificação de pulsação.

Localiza-se externamente a faringe , a laringe, a traqueia e ao esofago.

Externamente a ela esta o nervo vago.

Ramos da Artéria Carótida Externa

Enquanto a artéria carótida interna ira vascularizar as estruturas cranianas internas a carótida externa irriga a face e o couro caleludo, além de poucas estruturas intra cranianas.

São ramos da arteria carótida interna:

a. Artéria tireoideia superior- Dirige-se inferiormente em direção a glândula tireoíde. Alem dela emite ramos para a larinje, para o esternocleidomastóideo e ramo cricotireóideo.

b. Artéria lingual- vasculariza a lingua

c.Artéria facial- Irriga os musculos da mimica facial.

d. arteria occipital- leva sangue aos musculos da regiào posterior do pescoço e cranio.

e. arteria auricular posterior- para a regiao posterior do pescoço e retroauricular.

f.artéria faringica ascendente- Vasulariza a faringe, emite ramos para as meninges, e um para o tímpano

g. artéria temporal superficial- é praticamente o ramo terminal da carótida externa fornecendo na sua extre midade ramos parietais e frontais. Da ramos para a glandula parótida.

h. Artéria maxilar-É talvez o mais importante ramo da carótida externa, se aprofundando na face e fornecendo os seguintes ramos:

a. artéria auricular profunda

b. artéria timpanica anterior

c. artéria alveolar inferior

d. art. temporal profundo anterior e posterior

e. art.pterigoídea

f. art. massetérica

g. art. Bucal

h. art. alveolar superior

i. art. infra-orbital

j- art. palatina descendente

k. art. esfenopalatina

AORTA DESCENDENTE OU TORÁCICA

Tem início após a emergencia da artéria subclávia . Localiza-se no mediastino posterior. Emite os seguintes ramos:

a. ramos parietais

1. Da III a XI artéria intercostal posterior

2. Artérias subcostais

b. ramos viscerais

1. bronquiais

2. esofagicas

3. pericárdicas

4. mediastinais